Atualmente assistimos nas redes sociais, diversos debates acalorados com trocas de ofensas entre pessoas defendendo suas posições sobre variados assuntos, os quais terminam em autoexclusão e no fim de relacionamentos. Essas discussões se tornaram frequentes nesse momento de pandemia, em que grande parte da sociedade está em casa. Será que não estamos nos excedendo? O ideal não seria nos unirmos? A nossa saúde mental pode ser afetada e estarmos em risco? É necessário excluir?

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) “Saúde é estado completo de bem-estar físico, mental e social e não simplesmente a ausência de doenças ou enfermidades”. Partindo dessa definição, podemos ressaltar a importância da saúde mental das pessoas, principalmente no momento em que mais necessitamos de equilíbrio emocional.

A recomendação mais anunciada pelos Órgãos de Saúde, sobretudo a OMS, é para que os indivíduos mantenham distância um dos outros, evitem aglomerações e permaneçam em suas residências, a fim de não propagar a disseminação e diminuir a possibilidade de contágio pela doença covid-19.

Principalmente nesse momento, Facebook, Twitter, Instagram, WhatsApp, Zoom, Skype e outros meios de comunicação consolidam os seus papeis de encurtamento de distância entre pessoas e atenuam a falta de contato presencial, por meio deles, pessoas conversam sobre diversos assuntos.

O confinamento pode provocar transtornos mentais, um deles é a depressão, que por estimativa da Organização Pan-americana de Saúde, atinge aproximadamente 300 milhões de pessoas no mundo e pode levar ao suicídio. Sendo assim, quanto mais pudermos nos aproximar, ouvir, incentivar, transmitir mensagens que acalme, leve paz, segurança e esperança, mais manteremos a tranquilidade.

Acontece que, para uma parcela da sociedade, a sua verdade deve prevalecer e o seu ego infla quando todos concordam com seus posicionamentos, o que lhes confere a sensação de vencimento de um tipo de “batalha”, onde aquele que se posiciona de maneira diferente deve ser punido com o desprezo e o fim da amizade. É comum lermos ao final de debates a frase “sinta-se à vontade para me excluir”.

Precisamos ter mais empatia, cujo significado no dicionário Aurélio é “A capacidade psicológica para se identificar com o eu do outro, conseguindo sentir o mesmo que este nas situações e circunstâncias por esse outro vivenciadas”, logo, embora o posicionamento seja diferente do nosso, ele deve ser respeitado.

Portanto, não nos exasperemos, devemos ser mais pacientes. Discordarmos sim, ofender ou agredir os outros com xingamentos e palavras ásperas, jamais. Quanto menos estresse negativo, melhor. Faz parte da saúde mental estar bem conosco e com os outros.